ARTIGOS

ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL NO CONTEXTO ATUAL Artigo apresentado, à Faculdade de Tecnologia Equipe Darwin, como requisito parcial para conclusão do curso de pós-graduação em Gestão, Orientação e Supervisão Escolar. RESUMO O presente artigo constitui-se na pesquisa sobre "Orientação Educacional no Contexto Atual". A qual contribui para a reflexão crítica sobre os problemas relativos ao processo ensino/aprendizagem e sobre as questões ligadas as relações entre os diversos segmentos atuantes na escola, tendo em vista, a produção coletiva do projeto político pedagógico e partindo deste pressuposto, os Orientadores Educacionais trabalham de forma sistemática no Ensino Fundamental, para se conhecer melhor um aluno e poder orientá-lo de uma maneira mais apropriada, é necessário estudá-lo em sua amplitude. Sendo assim, é necessário contar com diferentes pontos de vista e competências profissionais. Em virtude das mudanças socioeconômicas e culturais ocorridas na sociedade brasileira, a escola teve de reformular suas funções tradicionais, redefinir o seu papel e criar novos serviços aumentando, assim, o número de pessoas envolvidas no processo educativo, tais como: Coordenadores pedagógicos, assistentes sociais e psicólogos escolares. Este grupo de pessoas deve trabalhar em conjunto, formando uma equipe e não de maneira isolada, para juntos conseguirem solucionar os problemas existentes dentro das instituições educacionais. Pois, a escola acabou por assumir, gradativamente, a responsabilidade pelo desenvolvimento integral do educando, em seus múltiplos aspectos: físico, intelectual, escolar, social, emocional, moral, vocacional, profissional, enfim, os aspectos em relação aos quais as crianças e os adolescentes se desenvolvem enquanto nela permanecem. Palavras-Chave: Contribuir, conhecer e mudanças TRAINING IN THE CURRENT CONTEXT ABSTRACT The present article is constituted in the research about "Training in the Current Context". Which contributes to the critical reflection on the relative problems to the process teaching and learning and on the tied subjects the relationships among the several active segments in the school, tends in view, the collective production of the pedagogic political project and leaving of this presupposition, the Education Advisors work in a systematic way in the Fundamental Teaching, to know a student better and to guide him of the a more appropriate way, it is necessary to study him in his width. Being like this, it is necessary to count with different point of view and professional competences. Because of the socioeconomic and cultural changes happened in the Brazilian society, the school had to reformulate their traditional functions, new definition his role and to create new services increasing, like this, the number of people involved in the educational process, such as: Pedagogic coordinators, social workers and school psychologists. This group of people should work in together, forming a team and not in an isolated way, for together they get to solve the existent problems inside of the education institutions. Because, the school ended for assuming, gradually, the responsibility for the student's integral development, in their multiples aspects: physical, intellectual, school, social, emotional, moral, vocational, professional, finally, the aspects in relation to the which the child and the adolescent grow while in her they stay. Word-key: contributes, to know and changes Graduado em pedagogia pela UNAMA, e pós-graduando em Gestão, Orientação e Coordenação Educacional pela Faculdade de Educação Equipe Darwin. Orientador Educacional do Ensino Fundamental na escola Irmâ Theodora. 2 Graduada em Geografia pela UNITRI, e pós-graduando em Gestão, Orientação e Coordenação Educacional pela Faculdade de Educação Equipe Darwin. Professora de Ensino Fundamental na escola Irmã Theodora. 1-INTRODUÇÃO Este artigo tem como propósito apresentar o real papel do orientador Educacional frente aos desafios atuais e as suas delimitações e a razão pela qual surge a necessidade de sua atuação diante de uma concepção inovadora. O trabalho de Orientação Educacional no Brasil tem passado por um processo histórico de mudança e de reconhecimento, partindo de seu inicio no país por volta de 1924 ate dias atuais, período em que se radicalizaram as maiores transformações e na perspectiva de enfatizar este campo profissional mostrando a importância desta função dentro de uma instituição e que desenvolvemos este trabalho em busca da desmistificação da atuação do Orientador Educacional. E para fundamentar o nosso trabalho focamos a realidade de uma escola de periferia que através de uma pesquisa de campo e de uma complementação de cunho bibliográfico, descrevemos passo a passo a importância do Orientador Educacional dentro de uma instituição de ensino, pois o mesmo poderá contribuir de forma significativa e eficaz na formação do educando. 2 - Breve histórico sobre o trabalho de Orientação Educacional Alguns teóricos os quais discutem sobre o tema de Orientação Educacional, nos trazem a história desta, e também relatos de como a mesma se encontra atualmente e situando o profissional desta área em várias questões do cotidiano escolar, seu histórico e como a legislação rege tal trabalho. Segundo (GRINSPUN, 2002). Na introdução do seu livro, ela situa o leitor na história da profissão, a qual andou sempre junto à educação, “na busca das finalidades de um projeto político-pedagógico formulado para a escola em favor de seus próprios alunos” (GRINSPUN, 2002, p. 17). A autora relata a origem da Orientação Educacional, a qual se iniciou com a Orientação Vocacional, nos Estados Unidos, em 1908, com um caráter de aconselhador que marca toda sua trajetória. Movimentos da época teriam feito eclodir tal prática no mundo todo, como os movimentos em prol da psicometria, da revolução industrial, da saúde mental e das novas tendências pedagógicas. Já a preocupação com a organização escolar surgiu apenas em 1912, em Detroit, nos Estados Unidos, através de Jessé Davis, mas com a particularidade básica de acolher a problemática vocacional e social dos alunos de sua escola. No Brasil, segundo GRINSPUN (2002), a Orientação Educacional teve início em 1924, no Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo, também com a função de Orientação Vocacional. Foi com as Leis Orgânicas de 1942, do ministro de Getúlio Vargas, Gustavo Capanema, que pela primeira vez se encontraram referências explicitas sobre a Orientação Educacional. Sua função teria caráter corretivo e direcionado para o atendimento aos alunos problemas. Outra função seria a de velar para que os estudos e descanso do aluno ocorressem de acordo com as normas pedagógicas mais adequadas. Também teria o papel de esclarecer possíveis dúvidas dos alunos e orientar seus estudos para que sozinhos buscassem sua profissionalização. A profissão também seria regulamentada, tendo o Orientador Educacional que fazer um curso próprio de Orientação Educacional. (GRINSPUN, 2002). Mas ainda o curso principal da Orientação Educacional seria o ensino técnico, em que ajudava na formação de uma mão-de-obra especializada e qualificada, assumindo caráter terapêutico, preventivo, psicometrista, identificando aptidões, dons e inclinações dos indivíduos. Na Lei de Diretrizes e Bases da educação nº. 4024 de 1961 previa-se que o ensino normal se encarregasse da formação de Orientadores Educacionais para o primário, assim como prevê que as faculdades de Filosofia formem esse profissional para o atendimento do Ensino Médio. A referida lei fala mais sobre a formação do Orientador Educacional do que sobre o Conceito da função deste profissional. Nesta lei, a Orientação Educacional vem com a função de contribuir para a formação integral da personalidade da criança ou adolescente, para seu ajustamento pessoal e social. Suas principais áreas de abrangência seriam as orientações escolar, psicológica, profissional, da saúde, recreativa e familiar (GRINSPUN, 2002). Já na Lei de Diretrizes e Bases da educação nº. 5692 de 1971, a Orientação Educacional assume um papel fundamental, sendo a área da Orientação Vocacional a mais privilegiada para atender aos objetivos de ensino da própria lei. Na década de 1980, o orientador vai deixando as denominações de atender alunos-problema, de psicólogo e facilitador de aprendizagem e vai com o tempo ostentando com mais autoridade técnica seu compromisso político com e na escola. A produção acadêmica na área da Orientação vai sendo ampliada numa dimensão mais crítica e questionadora; assim como os orientadores adotam uma função política comprometida com as causas sociais. Na verdade, na década de 80, os orientadores pensam e discutem muito sobre sua profissão e seu papel na educação, mas acabam ficando só no teórico pois na prática o que se vê é o mesmo das décadas anteriores. 3 – O Atual contexto da Orientação Educacional O trabalho da Orientação Educacional e de extrema importância dentro do ambiente escolar, devido à grande lacuna existente na equipe pedagógica de uma escola, pois os professores lidam com o aluno no processo de construção de conhecimento, onde tem uma grande clientela e bem diversificada, enquanto o coordenador pedagógico dar suporte para o trabalho do professor, na articulação da proposta curricular, por outro lado o maior referencial da escola que sem sobra de duvidas é o aluno, fica aquém de um acompanhamento especifico e direcionado ao seu desenvolvimento, e partindo desta ótica é que vimos a grande necessidade do Orientador Educacional no preenchimento desta lacuna. O Orientador Educacional que segundo (GRINSPUN, 2001), tem como uma das principais funções, integrar o aluno a escola, a família e a sociedade por meio de estratégias de envolvimento do aluno a diferentes setores da sociedade, tendo como principal meio da resolução de problemas o aconselhamento individual ou em grupo, na busca de que o aluno compreenda os princípios e valores fundamentais da escola, da família e da sociedade e de si próprio enquanto membro de cada um destes setores. Mas para que o aluno se integre aos diversos setores sociais, é necessário que o profissional da Orientação Educacional, tenha um amplo embasamento teórico e metodológico para lidar com as singularidades de cada aluno a ser orientado, pois a clientela do orientador educacional e bastante diversificada e complexa. A Orientação Educacional deve funcionar como um elo entre o aluno, a escola, a sociedade e a família, funcionando como degraus de superação de barreiras e alimentando a auto-estima do aluno na conquista de objetivos. Como podemos perceber a atual sociedade estar a cada dia mais obstruída com a correria do mundo moderno onde de tudo se cobra um pouco mais e nessas cobranças os valores familiares e escolares dos filhos ficam a espera de uma atenção especial, quando se mais precisa, pois a infância e a adolescência e um período de descobertas e de formação de caráter e personalidade, e a criança e o adolescente fica vulnerável por estar desprovido de uma referencia familiar que lhe possa cobrar, apoiar, direcionar etc. Obviamente não e toda a clientela de uma escola que necessita de um acompanhamento, mas com certeza e um grande percentual. E claro que o Orientador Educacional não e a vara de condão para encontrar a solução para tudo, mas e essencial o seu trabalho na articulação com as demais entidades de apoio técnico e social, alem da família, na expectativa de encontrar os melhores caminhos a serem trilhados, e por ser uma tarefa complexa o trabalho deste profissional deve ser compreendido por toda equipe discente e principalmente pela docente que devera ser suporte fundamental no desenvolvimento das ações deste profissional, para que o mesmo não fique na escola como um bombeiro “sempre e acionado quando o circo já pegou fogo”, ou seja, quando todos já não sabem o que fazer, ai chama o orientador e ainda se cobra uma solução de imediato, outro grande equivoco e a comparação que se faz entre o orientador e psicólogo, pois o psicólogo tem como principal papel analisar comportamentos adversos e classificar de acordo com cada situação além de receitar ou realizar trabalhos terapêuticos, enquanto o orientador educacional, como o nome já diz, orienta o aluno (a) quanto sua postura física e moral diante da escola e da sociedade e também orienta as famílias em relação à importância da escola. Aranha (2002) ressalta que a família e responsável pela aprendizagem da criança desde o nascimento, já que o homem quando nasce e subordinado a um árduo processo de aprendizagem que finda somente com a morte. A família e encarregada de transferir, avaliar, consolidar e interpretar valores, crenças, condutas e conhecimentos culturais, e a base para a inserção do individuo na sociedade auxiliando na melhor postura de um desenvolvimento ético, isto é despertando no mesmo uma preocupação das conseqüências que suas ações têm sobre o outro. A orientação educacional deve atuar como mediadora e pacificadora entre educando e a família, entre aluno e sua adaptação na escola, orientar o educando em seus estudos a fim de que seja mais proveitoso, estabelecendo um clima de confiança e enfatizando os aspectos preventivos do comportamento humano, entendendo que uma grama de prevenção vale mais que duas tonelada de curas. A relação da orientação com a comunidade escolar deve estabelecer uma grande popularidade e confiança, sempre buscando aproximação, envolvimento, interatividade, com o objetivo de divulgar e desenvolver a cultura local, considerando também que a comunidade escolar e formada quase integralmente pela família que na certeza como já citado e uma das principais instituições responsável pela formação da criança e do adolescente, sem omissão obviamente do papel da escola que e de complementar o papel da família. A escola não é a única responsável pela formação da personalidade da criança, esta vem apenas para complementar o papel da família e por lidar com grande número de aluno tem mais facilidade para perceber as dificuldades que a criança apresenta até aquelas que os pais ainda não conseguiram observar e avaliar. Cabe a escola ao deparar com as dificuldades dos educandos orientar a família de que maneira proceder com o filho, mas a ela não cabe agir sozinha. (TIBA, 2002). Na citação acima de Içami Tiba, podemos notar claramente da importância fundamental que se tem um orientador educacional dentro de uma instituição escolar no contexto atual, pois outro profissional da instituição, tais como: diretor, vice- diretor, secretario ou coordenador, não teria tempo suficiente para atender a clientela do orientador que deve estar sempre empenhado no trabalho mantendo um dialogo aberto com os professores, e registrando os pontos relevantes, para em seguida realizar os atendimentos individuais ou em grupo com os educandos, fazendo os registros das problemáticas apresentadas para uma constante analise, sempre que se fizer necessário, lembrando também que esses registros são fundamentais no momento dos atendimentos a família destes educandos, sempre tendo o cuidado de ser muito cauteloso nas apresentações das problemáticas para a família, porque dependendo do problema o impacto pode ser muito forte para a família e esta precisa ser antes de tudo preparada pelo profissional da orientação educacional para ouvir o relato da conduta e da moral do filho (a). O Orientador Educacional no contexto atual de sociedade e de famílias desestruturadas pela modernidade, e também de maior responsabilidade da escola por ter que assumir um papel que antes não lhe cabia e sem duvidas essencial o desenvolvimento de seu trabalho, pois o mesmo ao detectar qualquer situação ameaçadora, deve agir com afinco e de forma preventiva na busca de soluções para melhor resolver os problemas encontrados e provocar uma mudança de comportamento que favoreça o educando melhorando a sua auto-estima para melhor entender a vivencia familiar e os demais conflitos sociais nos quais o mesmo esteja inserido, pois só com a auto- estima elevada e que o educando conseguira bons resultados em sua vida escolar, e para que tal aconteça e muito importante a aproximação da família na vida escolar do filho e assim sendo o Orientador Educacional, deve estar sempre proporcionando essa aproximação, agindo com muito critério por existir famílias com atitudes muito adversas que se recusam a ajudar a escola na educação dos filhos ou que desconhecem a importância da educação na vida dos mesmos, por outro lado o Orientador Educacional também precisa resgatar o clima de confiança entre docentes e discentes e diminuir a distancia entre educandos e direção escolar, pois esta ultima era vista ou ainda é vista apenas como departamento que buscavam meios para punir aqueles que cometiam alguns deslizes, o que na verdade hoje e considerado uma visão distorcida de quem ainda o tem esta concepção, pois a direção da escola deve estar atuando também como parceira da Orientação, dos professores e dos alunos na articulação de meios de prevenções e nas possíveis medidas que poderão ser adotadas na intenção de amenizar os problemas e democratizar ainda mais a escola, criando assim um clima mais prazeroso para todos aqueles que estejam fazendo parte da rede.
4-CONSIDERAÇÕES FINAIS A atuação do orientador educacional e um ato preventivo, e para tanto e necessário que este profissional esteja preparado para lidar com situações mais adversas, e por esse motivo e importante que este profissional tenha uma grande aproximação de sua clientela e junto com os professores realizar conselhos de classe para que melhor se conheça o aluno e partindo desta iniciativa traçar metas de aconselhamento e acompanhamento. Notadamente e possível perceber que e indispensável à atuação deste profissional dentro de uma instituição de ensino, e depois de quase um século que foi implantado o serviço de orientação educacional no Brasil, na atualidade podemos ter o papel deste profissional definido e amparo legal em lei. O papel do Orientador Educacional, apesar de ser amplo, o seu foco principal está voltado para a integração do educando no meio social, (escola, família, sociedade) e a necessidade de sua atuação esta a cada dia, mas constante, principalmente nas escolas de classe sociais mais baixas, pois são nestas escolas onde se encontram um grande número de alunos com uma serie de problemas que muitas vezes surge dentro da própria família e esses casos depois de detectados pela equipe pedagógica serão encaminhados para o profissional da Orientação Educacional que deverá analisar e traçar metas para serem trabalhadas com estes alunos, considerando o seu meio e seus limites.

Nenhum comentário:

Postar um comentário